Mais uma vez estamos nos deparando com áreas de soja com reboleiras de plantas com sintoma de Soja Louca II, fato que muito nos preocupa. abaixo segue os simtomas para quem não os conhece:
Foto 1 - sintoma em Reboleiras
Foto 2: sintoma caracterísco em folhas
Foto 3: simtoma em planta inteira: abortamento de vagens, haste verde e retenção foliar, engrossamento de nós.
Foto 4: Sintomas em plantas com a anomalia.
Desde 2003 encontramos plantas com estes sintomas em nossa região, todas as variedades são suscetíveis. Encontra-se plantas com sintomas em áreas de plantio convencional e direto, porém, é mais comum encontrar reboleiras maiores em áreas de plantio direto. Muito ja foi dito, testado, pesquisado mas até este momento não temos nada de conclusivo sobre a causa da anomalia nem sobre possível tratamento preventivo
ou curativo. Testou-se endosulfan na dessecação, organofosforados em V5, controle de Mosca-branca, percevejos e outros insetos, mas até agora nada que nos traga resultados consistentes. a Hipótese mas nova é a de que o vetor da doença possa ser um ácaro (ácaros Oribatídeos). Ano passado não encontramos grandes áreas com sintomas da doença. percorremos várias propriedades, onde foram realizados vários manejos diferentes, e não podemos afirmar que um deles tenha se destacado como mais eficiente pois, como dito anteriormente, foram encontradas poucas plantas com o sintoma no geral. Este ano, visitando varias propriedades, podemos constatar que apesar dos diversos manejos aplicados também não podemos destacar algo eficiente para controlar esta anomalia. Segundo o Agronomo Bazilio, em suas verificações a campo destacasse o manejo antecipado de ervas daninhas como uma as medidas preventivas para esta anomalia. Ele relata que em áreas onde encontram-se ervas daninhas de folha larga, como erva-quente, trapueraba e outras, a incidência de soja louca II é maior e onde temos apenas brachiaria como cobertura de solo a incidência é menor.
Esta semana pude encontrar no campo, com ajuda de nosso colega Osmar (Dom Eliseu), o ácaro que pode ser o vetor principal da anomalia. abaixo segue fotos.
Nas próximas fotos podem ser os ácaros podem vistos isoladamente.
Continuaremos de olho e empenhados em solucionar mais este importante problema e assim que conseguirmos ou assim que foi divulgado um manejo realmente consistente para esta anomalia informaremos a todos.
No Tocantins, essa anormalidade tornou-se mais evidente nos últimos anos, em áreas com décadas de plantio direto na sucessão soja-sorgo, com elevado teor de matéria orgânica e com sucessivas calagens superficiais, principalmente nas baixadas e nas curvas de nível, onde há maior retenção de água e a umidade relativa é sempre mais alta.
ResponderExcluir.Na análise de solo, o desbalanço nutricional de Ca, Mg e K também não ficou evidenciado nas amostras retiradas de 0-10 cm de profundidade, a mais recomendada para a situação de semeadura direta. Mas a análise foliar detectou a deficiência de K, a despeito de níveis adequados no solo deste elemento. No entanto, faltava a explicação para a deformidade encontrada nas folhas.Nas reboleiras com sintomas, a soja apresentava folhas normais nos primeiros estágios de desenvolvimento. Porém, a partir V5-V13, nos ramos e na haste principal, as folhas eram alongadas e deformadas e, quando da frutificação, esta região apresentava poucas vagens e vagens com poucos grãos. Como o boro (B) interfere no desenvolvimento do tubo polínico e, portanto, no pegamento das vagens, procurou-se evidências para esta hipótese.O B é um dos sete micronutrientes exigidos para o crescimento normal da maioria das plantas.Fazendo um retrospecto das atividades da Seção de Leguminosas do Instituto Agronômico de Campinas, IAC, em relação ao boro, foi possível verificar que, no início dos anos 70, no Vale do Paraíba (SP), em solos argilosos (barro de telha) e sob efeito de calagens pesadas, além de maturação anormal tínhamos, em alguns genótipos, a morte dos ponteiros, sintoma característico de deficiência de B. Posteriormente, em solos orgânicos de várzea em Guairá (SP), novamente sob calagens pesadas, pudemos detectar a deficiência, com sintoma semelhante aos verificados atualmente no Tocantins. A esterilidade é também apontada como causada pela deficiência de B. Em áreas irrigadas do Estado de Arkansas (USA), em solos argilosos em rotação com arroz, foi detectada a deficiência de B.
Pelos resultados das análises, fotografias e descrição dos sintomas, ficou patente que a anomalia constatada em Pedro Afonso (TO), Soja Louca II, era a mesma descrita nestes trabalhos, tendo como principal causa o desequilíbrio nutricional entre o Ca, Mg e K e a deficiência de B sob índices pluviométricos elevados que condicionaram sistema radicular superficial.Na presente safra a ocorrência foi insignificante apontando que a greadeação para incorporar o sorgo de safrinha, o que dilui a concentração de Ca e da M. O. (matéria orgânica) nas camadas mais superficiais, a aplicação de K em cobertura, para aumentar sua absorção e diminuir a competição iônica com o Ca, e a aplicação de B na base junto com o Super-Simples na concentração de 0,5% e foliar de B em duas vezes foi suficiente para praticamente eliminar o problema que era muito sério nas referidas áreas chegando ao ponto de impossibilitar colheita.
Em visita ao tecnoshow em Rio verde, na semana passada, conversamos com o Pesquisador Mauricio Meier, da Embrapa SOja e comentamos sobre esta hipotese. Ela tambem está sendo analizada mas estas caracteristicas não se repetem em todas as áreas em que foram emcontradas plantas com o sintoma e a distribuição das plantas no talhão apontam para a possibilidades. A embrapa não descarta esta hipótese, porem, trabalha em outras fretes também. Aparentemente não podemos definir o que causa esta anomalia.
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