Desculpem-nos por estarmos a tanto tempo sem postar nada novo mas é que além de estarmos na entressafra eu estou de férias! Prometo que a partir do próximo mês as postagens serão mais freqüentes. Para todos passarem o tempo segue um excelente resumo de uma interessante matéria sobre defensivos feito pela nossa colega Lorenna. Um abraço.
O texto abaixo é um resumo adaptado do artigo O Setor de Defensivos Agrícolas do Brasil
que pode ser encontrado na íntegra clicando-se aqui, e que retrata a importância
desse setor para a economia do país, expondo os detalhes envolvidos na
produção, regulamentação e comercialização, além de dados estatísticos
importantes que espelham a evolução brasileira no setor.
O SETOR DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS DO BRASIL
Os prejuízos muitas vezes inestimáveis que doenças e pragas causam à
produção vegetal em todo país são a justificativa da imensurável importância do
setor de defensivos agrícolas do Brasil. Esse setor é representado pelas
indústrias e canais de distribuição. Estes, são ainda representados e
regularizados por entidades como SINDAG, ANDEF, ABIFINA, AENDA, ANDAV, OCB e o
inpEV, este último responsável por dá destinação adequada às embalagens dos
defensivos. A ANDEF cuida da racionalização do uso de defensivos, efetuando
treinamentos que educam e informam o produtor sobre a melhor forma de manejar
os produtos. O setor lidera, por meio do SINDAG, o Programa de Combate aos
Defensivos Ilegais (falsificados e contrabandeados) que tem por objetivo privar
a utilização desses produtos em milhões de toneladas da produção vegetal do
país, melhorando a qualidade desta.
A soja é a cultura que contempla a maior necessidade de defensivos
abarcando 48% do consumido. O Mato Grosso lidera as vendas em todo o país com
20% de todo o volume comercializado. E no país, 50% das vendas são realizadas
por revendas; as vendas diretas são responsáveis por 26% da comercialização; e
os 24% restantes são as vendas realizadas pelas cooperativas.
No Brasil o uso da tecnologia de defensivos agrícolas ainda é
relativamente baixo - contabilizando US$ 88/ha – quando comparado ao Japão, por
exemplo, que gasta US$ 851/ha. Em contrapartida, gasta-se no Brasil 7,40
dólares por toneladas produzida, e no Japão gasta-se quase dez vezes mais – US$
72,87/tonelada produzida.
Mesmo assim, chegam ao nosso país produtos de alto desenvolvimento
científico-tecnológico, com mecanismos de ação inovadores e menor impacto ambiental,
e que, quando comparados aos lançados na década de 1960 retratam reduções de
90% na dose e 160 vezes na toxicidade aguda.
Mas inserir novos defensivos agrícolas no mercado demanda tempo, estudos
avançados e muito dinheiro. São aproximadamente 12 anos de pesquisa, e durante
a criação de um novo defensivo investe-se 300 milhões de dólares.
É este valor exorbitante que custeia a produção de um novo defensivo, o
grande responsável pelas fusões e aquisições que ocorreram entre empresas do
setor.
E para que finalmente um defensivo possa ser utilizado pelo agricultor
ele passa por processos rigorosos de avaliação pelos Ministérios da
Agricultura, Saúde e Meio Ambiente para obter registro, cujo processo tem
duração de 33 meses e custo da ordem de 40-50 milhões de dólares.
Adaptado por: Lorenna Fernandes Meireles
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