sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Teste de pulverização em Milho em pré-pendoamento

Começamos as aplicações de fungicida em milho na Fazenda Progresso e este ano resolvemos fazer testes com papel hidro-sensível para ajustar a recomendação de estádio correto de aplicação e de volume de calda. Os produtos aplicados são: Priori Xtra (0,3 l/ha) + Nimbus (0,5 l/ha). As pontas utilizadas na aplicação são  do modelo TT110-02 com adaptador para leque duplo.

Para realizar o teste decidimos marcar com papel sensível plantas localizadas em 2 posições diferentes ao longo da barra de pulverização. na posição 1 (P1) a barra esta tocando as folhas das plantas milho, simulando uma aplicação feita fora da condição ideal Na posição 2 (P2) a barra esta altura que permite que os jatos de pulverização se cruzem e a cobertura da aplicação seja a mais próxima do ideal (figura 1).      
Figura 1: Barra de pulverização e posições para avaliação 

Cada planta avaliada nas posições acima descritas foi marcada com papel sensível em 3 posições para avaliar a distribuição nos três terços da planta (inferior (F5), Médio (F8) e Superior (F11)) como pode ser visto na figura 2 abaixo:

Figura 2: Posições das fitas de papel na planta. 


Os resultados das aplicações podem ser vistos das figuras 3 e 4:


Figura 3: Resultado da avaliação de distribuição de gotas em P1

Como podemos ver na figura 3, na vazão de 200 l/ha pode ser visto escorrimento da calda nas folhas dos terços médio e superior e apenas  gotas provavelmente originadas do escorrimento citado, o que não nos dá a qualidade de cobertura que pretendemos. Na vazão de 150 l/ha temos excelente distribuição no terço superior (F11) e distribuição razoável no terço médio e inferior, não sendo, portanto, a condição ideal de aplicação. Com isso, podemos concluir que fazer aplicação com a barra em contato com as folhas não é recomendável em nenhuma das vazões analisadas.       


Figura 4: Resultado da avaliação de distribuição de gotas em P2

  Na figura 4 pode-se observar, na vazão 200 l/ha, excelente distribuição de gotas no terço médio (F8) e Superiror (F11) e boa distribuição no terço inferior (F5). Na vazão 150 l/ha destaca-se a excelente distribuição de gotas nos terços médio e superior e razoável distribuição no terço inferior.
Pensando no operacional das aplicações e em proteger os terços médio e superior, que são fundamentais para conferir altas produtividades a cultura do milho optamos por utilizar a vazão de 150 l/ha e aplicar quando as plantas de milho permitirem o espaço necessário entre as folhas e a barra para que os jatos se cruzem, o que, para este equipamento em questão, é 1,5 m de altura das plantas.   

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Fitotoxicidade de herbicidas residuais em milho

Para finalizar o assunto da fito em milho seguem imagens da área onde aplicamos Niphokan para recuperar as plantas com sintoma. Aparentemente conseguimos diminuir bastante o problema, agora é aguardar para verificar se teremos perda de produtividade. Foi aplicado 1 l de Niphokan / ha assim que foram detectados os sintomas.

Área com recuperação da Fito


Nas áreas onde houve sobreposição das faixas de aplicação do herbicida residual na safra passada as plantas de milho não se recuperaram, como pode ser visto na foto abaixo. Conseguimos confirmar com o proprietário anterior e o produto aplicado na soja no ano passado foi o Spider.

  
 

Callisto em Capim Colchão - Fazenda Progresso

No começo do plantio desta safra (2010/2011) tivemos alguns problemas com dessecação em áreas de plantio de milho. O capim Colchão não foi controlado e precisamos fazer  o controle em pos-emergencia. Como as plantas que sobraram estavam sob o efeito do glifosato precisamos aguardar alguns dias antes de aplicar o pós-emergente. Aplicamos Callisto (0,3 l + 0,5 l de nimbus / ha) e tivemos excelente resultado. seguem fotos:


Aplicação de Callisto (08 dias depois de aplicado)



Aplicação de Callisto 15 dias depois de aplicado
     

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Em tempos de La Niña, como fica a soja?


Materia retirada do site do instituto Phytus
Em tempos de La Niña, como fica a soja?
20/12/2010
A próxima safra de verão de soja (2010/2011) poderá sofrer a influência acentuada do fenômeno climático “La Niña”. Ele favorece a ocorrência de chuvas acima da média, principalmente no norte e nordeste, e déficit pluviométrico no sul do Brasil, com impactos climáticos opostos ao “El Niño”. Quem fala sobre o assunto é o PhD Ricardo Silveiro Balardin, professor associado da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e colaborador do Instituto Phytus. 

Balardin destaca que, diante do cenário, controle será palavra de ordem. O PhD explica que “neste ano de La Niña, não há garantia de que novos e graves riscos climáticos possam ser descartados”. Ele conta que, especificamente no caso do Brasil, apesar de recentes e constantes previsões de chuvas no Mato Grosso, permanece ainda a estiagem em grandes regiões do Centro-Oeste brasileiro, onde se concentra mais de 60% da produção de soja do País. “O plantio de soja precoce no Centro-Oeste já está prejudicado, o que fará com que a nova safra de soja proveniente do Brasil demore mais a entrar no mercado mundial”.

Para ele, será uma safra difícil. No caso do Mato Grosso, especialmente, se tiver a prevista concentração de chuvas. E, no Rio Grande do Sul, em função da falta de chuva também já anunciada. Quando questionado sobre a relação com a temida ferrugem asiática, o professor relembra que essa é a principal doença nos últimos 10 anos. Ele relata que, apesar do controle já estar sendo efetuado de um modo muito eficiente, o patógeno é consideravelmente virulento. “Eis aí um dos principais motivos para ter atenção total”, enfatiza.

O PhD diz que técnicas adequadas e controle preventivo são medidas importantes. O fato é que o clima é sempre fator de extrema importância. “É ele quem vai definir o comportamento da doença”, completa.


Veja mais clicando no link: Instituto Phytus

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Herbicidas pre-emergentes em Soja: Residuais para milho

           Esta semana levamos um susto ao visitar nossas lavouras de milho recém plantadas. Em um dos talhões encontramos as plantas com o sintoma abaixo:


           Este sintoma é ocasionado por herbicidas pré-emergente (scepter, Spider, Clorimuron, etc...) ue são seletivos a soja mas não podem ser aplicados em áreas onde será plantado milho por não serem seletivos a esta cultura. A depender do produto e da dosagem aplicada este efeito residual pode chegar a mas de um ano. A área em questão foi arrendada por nós este ano e não conhecíamos o histórico de uso de herbicidas nesta fazenda. 
              Aplicamos 1l de Niphokan por ha na tentativa de recuperarmos as plantas da fitotoxicidade o que aparentemente foi um bom manejo. acreditamos termos perdido algo em torno de 20 % de produtividade, em áreas onde houve sobreposição de barras (arremates ou erros de aplicação) as plantas de milho que emergiram chegaram a morrer. mas estas áreas não representam muito para o talhão. 
              Fica o alerta! Ao usar  herbicidas com efeito residual atentar para a necessidade de observar o período de tempo sem plantar culturas sensíveis para evitar prejuízos como este.

Um abraço,
   Netto