sábado, 4 de dezembro de 2010

Crédito de Carbono e Agricultura de grãos

Não é de hoje que estamos nos estruturando para compreender e nos adaptar a esta nova demanda mundial, os créditos de carbono. Logo logo teremos alguns resultados de nossas experiencias feitas em nossas fazendas e que no futuro servirão para um trabalho muito parecido com este que nossa colega Lorenna nos enviou. Materia bem interessante, a fonte esta citada no texto. Boa leitura!

SEQUESTRO DE CARBONO CHEGA À AGRICULTURA
Por Andrea Vialli
O manejo correto do solo na agricultura pode ajudar o setor de agronegócio a sequestrar carbono da atmosfera e reverter a imagem de que a atividade traz danos ao ambiente e aumenta o aquecimento global. Práticas agrícolas como o plantio direto, a rotação de culturas e a agricultura de precisão podem em breve credenciar o setor a vender créditos de carbono no mercado internacional.
“Os atuais 26 milhões de hectares de culturas que utilizam o plantio direto em todo o País são responsáveis pelo sequestro de pelo menos 13 milhões de toneladas de CO2 ao ano”, afirma Carlos Eduardo Pellegrino Cerri, professor do Departamento de Ciência do Solo da Esalq-USP e pesquisador das áreas de bioenergia e mudanças climáticas. Ele explica que o sistema de plantio direto, onde palha e resíduos vegetais são deixados no solo, ajuda a reter grande quantidade de gases estufa, como o carbono e o metano, na terra.
“Existe três vezes mais CO2 fixado no solo do que na atmosfera. Se o solo não for manejado de forma adequada, esse carbono é liberado e contribui para o aquecimento global” explica Cerri. Apesar da pouca idade – Cerri tem 35 anos – ele tem mais de 40 artigos científicos publicados e pesquisou a fundo as mudanças no uso do solo na Amazônia.
A agricultura responde hoje por cerca de 30% das emissões de poluentes do Brasil. “A agricultura tem sido apontada como uma vilã do meio ambiente, mas o fato é que existe tecnologia para minimizar o impacto ambiental das culturas. Basta que isso seja aplicado em maior extensão em todo o País”, diz Cerri. Os estudos do professor dizem respeito à fixação de carbono no solo, já que as plantas, naturalmente, já retiram CO2 da atmosfera, no processo de fotossíntese.
No entanto, mesmo com técnicas sofisticadas de manejo do solo, a conversão da floresta em culturas como soja não traz benefícios ambientais. Isso porque, enquanto o plantio direto permite a fixação de 0,5 tonelada de CO2/ano, a floresta tropical intacta tem o poder de fixar 60 toneladas de CO2/ano. “Mesmo com plantio direto, a conversão de áreas de floresta para agricultura é danosa . Por isso é preciso fazer melhor uso das áreas já degradadas, como pastagens”, diz.
No campo dos biocombustíveis, a possibilidade de sequestro de CO2 também é alta, principalmente com a cultura de cana-de-açúcar. “A suspensão das queimadas nos canaviais torna a cultura ainda mais interessante em termos de sustentabilidade”, explica Cerri.
O Grupo Balbo, de Sertãozinho (SP), que produz açúcar e álcool, foi o pioneiro no Estado a banir as queimadas dos canaviais, ainda na década de 1980. Na época, nem havia máquinas para colher a cana crua. O plantio direto, aliado ao controle biológico de pragas, transformou o Grupo Balbo em uma potência do mercado de orgânicos. Com a marca Native, o grupo é hoje o maior produtor mundial de açúcar orgânico e exporta cerca de 50 mil toneladas por ano.
A experiência da empresa chamou a atenção de grandes compradores, como a rede americana de varejo Whole Foods, especializado em produtos naturais e orgânicos. “Eles viram nosso inventário de emissões de CO2 e se surpreenderam com o fato de que nossas usinas emitem 35% menos carbono que uma indústria convencional”, diz Leontino Balbo Júnior, diretor da Native.
Créditos de carbono
A comprovação da redução de carbono pelo uso correto do solo pode permitir a negociação de créditos de carbono. Hoje os projetos de agricultura não são aceitos pelas Nações Unidas, mas há títulos sendo vendidos nas bolsas paralelas de carbono, como a Chicago Climate Exchange (CCX), e o Fundo Protótipo de Carbono, do Banco Mundial.
No Paraná, agricultores se uniram em uma cooperativa, a Coopercarbono, e realizaram a primeira venda de créditos referentes a área de matas ciliares.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Noticias e clima

Boa tarde,

Com o inicio da nova safra estamos de volta com atualizações mais frequentes tanto em nosso Blog quanto no site da Juparanã. Diariamente atualizamos no site www.juparana.net notícias agrícolas e a previsão do tempo para nosso pólo. não deixem de visitar. Estamos aguardando suas sugestões.     

O que podemos analisar destas previsões do tempo é que vamos ter uma safra com precipitação acima da média, principalmente nos meses de fevereiro e março. Esperamos uma estação chuvosa que deve ser mais extensa (bastante chuva desde o mês de dezembro e se estendendo até o mês de junho), portanto preparem-se para um ano apertado no plantio e mais ainda nos tratos culturais. Aproveitar bem as janelas de clima bom para plantar e escalonar o plantio visando uma colheita mais tranqüila torna-se prioridade para produtores que buscam fugir dos riscos de um ano como este.  

Logo abaixo previsão de tempo para os proximos 6 meses e logo depois uma copia das noticias agricolas e previsão semanal de clima por municipio que podemos encontrar em nosso site www.juparana.net




29/11/2010 / INFORMATIVO DIÁRIO 29/11/2010 - Fechamento

SOJA:

A China ainda precisa importar soja e os preços mais enfraquecidos do momento atual oferecem uma boa possibilidade de negócios tanto para os chineses quanto para demais compradores que precisem do produto. Relatórios eletrônicos apontam que a China foi uma forte compradora de soja na última semana. Clima seco está previsto para o Brasil e Argentina, exceto pela previsão de chuvas nas áreas ao Centro-Norte brasileiro. Atualmente algumas áreas ao norte e sudeste da Argentina, além de áreas ao sul do Brasil, estão muito secas e sem previsão de melhoras significativas devido a La Nina. Contudo, chuvas fracas foram presenciadas em partes da Argentina nos últimos dias. A China divulgou na quarta-feira que está solicitando aos bancos do país que facilitem empréstimos aos agricultores, para incentivar a produção local, já que a mesma está precisando de vários produtos agrícolas. Em resumo, as tendências na soja são mistas para altas.COTAÇÃO CBOT:
JANEIRO/2011
ò 1235
JULHO/2011
ò 1249

PRÊMIOS:
JULHO/2011
ð 44

CÂMBIO:
MOEDA
COTAÇÃO
DATA
DÓLAR COMERCIAL
ò  1,7220
29/11/2010
DÓLAR MEDIA PTAX800
ò  1,7267
29/11/2010

CLIMA: